quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Quadro Pintado

Te desenho num quadro do jeitinho que te vejo. Os traços são levados na medida em que o tempo proporciona em esboços bem articulados. A alma é tocada pelas cores e seus significados relevantes a cada sentimento, a cada temperatura: das mais frias às mais quentes.

Acabo me perdendo de você nessa rotina de acrescentar. Me perco tanto que te observo de longe procurando defeitos que eu possa corrigir. Defeitos que talvez não me incomodam em forma alguma. Até acho um charme a forma que neutraliza toda essa aquarela com medo de assustar as pessoas com tantos ângulos interessantes.

São cores com tantos significados que desequilibra a balança com tudo que você tem a me mostrar, com tudo que tenho aprendido com meu olhar distante e com as mãos em suas mãos caminhando juntos enquanto aprecio seu sorriso que me amola.

Esses seus tons serenos que me atenta a tudo que você tem a dizer. E eu escuto cada palavra. E eu as sigo na maioria das vezes. O que ainda não entendo é essa forma confortável de querer ter você nos dois mundos. Em deixar você parte de toda essa confusão que eu pintei. Mas que você não merece.

Mas eu talvez mereça...