sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Nóias de fim de ano



Sempre tive manias bestas que são difíceis de desfazer. Mania de escovar os dentes quando estou ansiosa. Mania que esperar que o café da manhã me livre de todo mal do dia passado. Mania de conversar com meu Deus como Brother principalmente nas noites de insônia. Mania de fazer cara de paisagem quando o que eu estou sentindo é realmente forte e por fim o motivo que estou escrevendo aqui, a mania de colecionadora. Fui colecionadora desde a infância, já colecionei de pedrinhas à álbuns de ídolos. E agora me deparo na fase de colecionadora de fotos 3x4.
Espalhei algumas dessas fotos pelo chão e me veio a ideia de fazer uma árvore. Sim, uma árvore em alusão a um filme que já tinha visto a um tempo: A ARVORE DA VIDA. Em galhos secos fui colocando cada fotografia e pensando que algumas delas, já haviam caído da arvore por alguma razão. Algumas ainda estão nascendo, umas amadureceram e outras apodreceram. Coisas aleatórias foram passando como filme na minha mente em nome de capítulos que em todo momento se cruzavam, como num universo paralelo na condição de uma única vida. Esses foram os capítulos: ciclo da vida, minha conduta e esperança.

Aprendi, também, ainda na infância que para formação do ciclo da vida era necessário: nascer, crescer, se reproduzir e então morrer. Mas agora de uma forma mais adulta observo que algumas etapas podem ser puladas. Pode-se considerar que a vida é passageira, que o golpe pode ser tão agravado que no instante que você nasceu a morte já te espera. Ou no instante que você pensava em crescer aí então era seu nascimento. São tantos esses, novos começos que confundem com qual vida você está vivendo. Com qual "amigo" você está colando em galhos mais grossos. Em qual "amigos" você posiciona nos galhos mais finos e fáceis de quebrar. E por quantas "vidas" esse "amigo" estará vivendo no mesmo ciclo que você. Até onde essa distribuição de valores pode ser gerenciadas. Até onde vai esse poder que é almejado na vida de outros e na sua? São esses os questionamentos mais frequentes que são pesadelos na minha cabeça. E vê que ainda não os solucionei por uma questão cética que prega a o exemplo de ver para crer.

Pensei também na minha conduta, e pude ver que eu era muito diferente do que sou hoje. Passei por um processo de mudanças, pois a vida vai te empurrando para alguns caminhos e se você não escolher qual você quer seguir você será apenas um fantoche da vida dos outros. Entre o "eu real" e o "eu que os seus amigos te veem". Em definição meu "eu real" seria aquilo que eu fazia de inconsciente quase que automático, sem desejar e involuntário. E o "eu formado pelos meus amigos" seria exatamente aquilo forma que eu queria ser vista. O meu eu de antes era simples de definir como o "eu dos outros" eu estava sempre à disposição, a ajudar quem precisava, a encher o outro de alegria, pensava que mesmo que eu não fosse feliz se eu fizesse alguém um pouco mais feliz do que eu, já me tornava feliz um pouquinho. De forma explicativa, eu vivia o "eu dos meus amigos" no mesmo ciclo de vida. Algumas vezes, também, pulando etapas quando encontrava algo bom mesmo no ruim e vice-versa. Mas foram tantos ciclos quebrados de uma forma ou de outra o "eu do meus amigos" foi me deixando exausta e me fazendo morrer, mesmo que aos pouquinhos. Até chegar a um ponto de repugnar trejeitos e manias que antes eu considerava ser meu.  Então meu novo eu, que eu ainda não sei se vivo meu "eu" passou a existir de uma forma mais monocromática, preto no branco, quase se acinzentando. Mas de novo vivendo no ciclo e tentando deixar que o crescer então nasça, sem ser fantoche do "eu dos outros". Sim, eu dos outros. Pois é muita submissão do eu por parte dos que se dizem amigos para simplesmente aceitar o que existe de fato do que queremos ser.

Engraçado é que quando há uma ditadura de regras imposta por pelo "eu dos seus amigos" e até pela sociedade é mais fácil de viver, mas uma hora ou outra você acorda. E se ver sem regras e não sabe o que fazer, pois por muito tempo ter regras te fazia ser empurrados pela vida. Viver sem escolha alguma, por qualquer posição imposta pelo outro. Sem saber o porquê das coisas. E nesse momento, você de novo pensa como está sua conduta no ciclo de vida que você se encontra e lamenta. Pois a vida te ensinou que não criar esperança te protege de muita coisa e te fez esquecer que esperança também torna a vida mais leve. E na arvore da vida, a esperança são as sementes. É dela que a árvore passa a existir. É bom ter no que acreditar. Ter uma mão pra segurar mesmo que depois ela solte a sua. Pois mesmo que haja esperança é preciso saber que nascemos sozinhos e que as pessoas são sempre passageiras. E é dessa forma que eu espero que 2014 me traga esperança. Estou cansada de cruzar caminhos sem um porquê, de fazer coisas que nem eu entendo. Apenas estou cansada!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Romance (2008)

Acabei de vê um filme do Wagner Moura que dizia exatamente assim desde o século XII estamos acostumados que "O amor feliz não tem história na literatura ocidental. A felicidade dos amantes só nos comove pela expectativa da infelicidade que os ronda. Sem sofrimento não há romance".

terça-feira, 15 de outubro de 2013

hg ♥


Sempre me trazendo alegria.
Dia 25 serei FELIZ mais uma vez.


Doença eu sei, deeeeeeevo melhorar!
HUAHUAHUAHUAHAUAUHUA

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Dexter ♥

Então, o drama de hoje vai para um cara que me fez pensar nele ao dormir e acordar.
Que fez meu romantismo aparecer em cada mesa e procurar pessoas em que eu colocaria nelas.
hahahaha (brinks Fred e Suellen).
Mas é com vcs que eu divido meu luto de hoje. 
Hoje tudo é preto, menos as letras. HUAHAUHAUA 

Dexter, gatinho, vc é LINDO!♥

domingo, 6 de outubro de 2013

Arnaldo Antunes ♥

areia pra deixar cair
no centro da ampulheta
eu vejo enquanto espero
aquilo que mais quero
o meu amor virá
madrugada lenta
as luzes piscam letras
na janela venta
enquanto o carro vai
areia pra passar


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Aprendi

Que o "conhecer" é apenas aquilo que você quer ver e o que você quer mostrar.



Los hermanos

" (...) Não dá mais pra fingir que ainda não vi
As cicatrizes que ela fez
Se desta vez
ela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor SANGRAR."




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Café ♥

A vida é muito curta para não alegrar as manhãs com café,
Café talvez seja a delicia da vida. ♥

domingo, 29 de setembro de 2013

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Onde tudo é relativo

Essa foi a fotografia mais abstrata que encontrei no pc. Não pera ... rsrs
Vivo reclamando que ando em círculos onde as surpresas se repetem, mas que mesmo assim surpreende. Por pensar em parar de reclamar tentei mudar o círculo pela reta. E agora vou reclamar que foi perda de tempo. São abstrações; não existem na natureza linhas retas, círculos perfeitos e triângulos equiláteros. 

Tudo é aproximado, negociação entre querer e poder. Aliás, ainda é mais complexo que isso, pois mesmo querendo e podendo ainda tem que ver se você deve e se aquilo realmente é necessário. 

É no zigue zague da agulha fazendo a linha unir dois panos que se caminha. Até que um dia soe perfeitamente natural quando alguém disser que a distância aproxima. Sabemos que nem sempre ela aproxima. Einstein que foi feliz - ou infeliz, ninguém sabe - mas acredito que seja como a física diz, precisamos de uma referência para resolver questões relativas.

E com apenas três parágrafos  pobres e abstratos, se bem que o abstrato até me deixa lisonjeada num mundo tão concreto como este. Mas no meio de alguns desenhos geométricos  Pude observar que a relatividade sempre domina algo entre um ponto e outro.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Muros e Grades

Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia.

Dias de luta


Me permitir a lutar
Por algum motivo que não sei
E quando choro, não vês
Me escondo em qualquer lugar
E as vezes até caio em rios
Que aos poucos me arrasta
Mas, me permito lutar
Desnorteada e sem esperança
Sem energia ou vontade
Dou socos no ar e me defendo
De um inimigo invisível
De todas as feridas que carrego
Nenhuma causa mais dor
Do que aquela que não se vê
Mas, continuo a lutar
Ainda que não se vença.

Os Últimos Românticos da Rua Augusta

Existe um coração trincado partido ao meio
Existem meios e existem fins
Há demônios em mim cantando
Em coro alegre
Atrás dessa rua gasta a consolação
Atrás de vários motivos pra não ter
Um coração costurado inerte
Me ofusca essa gama de cores estranhas que você busca em mim e me assusta
O último romântico da rua augusta morreu
Procuro pelos nomes estranhos dado as ruas e nenhum satisfaz
Nenhuma rua com seu nome
Essa cidade traz
Existe um coração trincado e um olhar fixo
Morrendo aos poucos na boca do lixo
Seguindo os passos de um tal trovador
Atrás dessa vida gasta implorando ser longa
Presenteando vários sabores curtos
Uma milonga que me lembra o sul do mundo
- Essa música é a coisa mais linda que há. *-*

domingo, 8 de setembro de 2013

Vivendo sem fronteiras estaduais.

Beira-Mar - CE , 2013
Então BONITA, o remédio não deixou você falar novamente comigo, em!? rsrs 
Nessa hora você e odeia, você e xinga, se pudesse me batia e levaria em praça publica para ser apedrejada, afinal: "Nai, você é muito paia". rsrs 
Eu acho que essa coisa que as pessoas chamam de amizade, entre a gente é no mínimo engraçada. 
E a questão da PRESENÇA permanece. Porque convenhamos a GENTE é do tipo imã ( eu o íon negativo e você  íon positivo) ou pera ... acho que inverti os papeis, e nessa forma de ser opostos a gente se cola até para neutralizar os íons. As vezes você parece que lê minha mente, e isso me dá um ódio mortal além de outras coisas. Porque véio, é você  muito chata. Mas eu te aceito assim meu momozinho. ♥
Eu acho que nossa amizade é tipo o lado negro da força, sem coisas fofinhas, e quando as duas está sem forças a gente senta procura algum wifi no universo para fala tanta besteira que o esboço do sorriso sai. Logo após alguns ruídos "HAHAHAHA" que fazem todos olhar e dizer " tá doida?".
Suvaca, achei que deveria entrar sim no face (mas você me deu apoio moral e apagou o seu também), então vim no blog só pra te desejar uma vida linda, colorida, cheia de amor, com poucas dores (porque viver é dor, você sabe...), te desejo muito amor, um amor pra te embalar e jogar pra longe tuas inseguranças, teus medos, pra curtir tudo de leve da vida do teu lado. Meu presente hoje é esse. Ah, Suh hoje estou de mimimi negro... no final das contas,  eu só queria está do seu lado pra partilhar e dizer mais uma vez "QUE VOCÊ É A MINHA PESSOA". 

Beijos e FELIZ ANIVERSÁRIO!


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tudo Que Vai

Antigamente a nostalgia enchia linhas. 
Hoje em dia ela sequer tem uma temática.



.
TUDO QUE VAI - Capital Inicial

Hoje é o dia
E eu quase posso tocar o silêncio
A casa vazia.
Só as coisas que você não quis
Me fazem companhia
Eu fico à vontade com a sua ausência
Eu já me acostumei a esquecer
Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro
Salas e quartos
Somem sem deixar vestígio
Seu rosto em pedaços
Misturado com o que não sobrou
Do que eu sentia
Eu lembro dos filmes que eu nunca vi
Passando sem parar em algum lugar.
Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais
Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu
Nem quando, nem onde
Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais
Eu nem me lembro mais...

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifestação em Fortaleza


Na linha de frente Tropa de Choque e manifestantes chegam a um acordo de "paz". Um morador local pede passagem para chegar a sua casa. Manifestantes gritam: "Deixem ele passar!"; segundos depois, correria, gritos, muita fumaça e pessoas passando mal são apenas algumas imagens que formam o cenário da Av. Paulino Rocha por volta das 16:30h do dia 19 de junho de 2013. 


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"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
e o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!"
Era o que se ouvia de uma multidão que vai de 80 a 100 mil pessoas reunidas para expressar sua insatisfação. Viam-se helicópteros da Imprensa e vários repórteres que acompanhavam de perto o movimento com suas câmeras e microfones, desde o princípio. A caminhada pela BR 116 ao entorno do estádio Castelão foi longa e marcada pelo apoio da Polícia Militar, motoristas de ônibus e outros que não participaram da caminhada. Alguns grupos PEQUENOS (não chegando a 5% dos manifestantes presentes) reuniram-se para enfrentar a polícia e cometer atos de vandalismo, chegando a atear fogo em um carro, porém, esses, logo se dispersaram da maioria. Mais tarde, já na Av. Paulino Rocha, manifestantes e Tropa de Choque encontraram-se novamente.
"Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu,
Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!"
Cantavam e dançavam os manifestantes, acompanhados por zabumbas, pandeiros e discursos pacíficos de uma população insatisfeita com as más condições de vida impostas pelo governo. Unidos por um propósito justo e em meio a ameaças de bombas ERGUIAM OS BRAÇOS EM SINAL DE PAZ, um morador do local pediu passagem, e PARADOS, manifestaram-se para que a polícia desse passagem, e, como resposta de um governo "DEMOCRÁTICO", policiais e helicópteros lançaram bombas de gás lacrimogênio continuas, o desespero estava instalado. Os que conseguiram "fugir" do efeito das bombas logo começaram a protestar contra o ato: "Covardes! Covardes!" eram o que gritavam enquanto outros fugiam confusos, passando mal e sem conseguir respirar. Alguns manifestantes (um PEQUENO grupo) revoltados com a situação atiraram algumas pedras aos militares que logo avançaram com a cavalaria, atirando balas NÃO SOMENTE DE BORRACHA (http://www.youtube.com/watch?v=19yGO4DTiSc). Na fuga pela comunidade, as bombas de gás lacrimogênio continuaram a ser lançadas pelos helicópteros. Encontravam-se moradores entre adultos, idosos e CRIANÇAS nas ruas da comunidade. Muitos se perderam e se machucaram. Uma moça em meio ao caos caiu em um buraco e sofreu traumatismo craniano. Sem sinal para fazer ligações (PRINCIPALMENTE DA OPERADORA TIM) muitos não conseguiram reencontrar seus grupos. A guerra continuava. 8 pessoas foram detidas. Nas ruas ao lado da avenida, ainda entorno do Castelão, manifestantes encontram nas calçadas vários "CIDADÃOS" assistindo ao jogo da copa onde "O GIGANTE ACORDOU" e venceu a partida por 2 a 0.
Ao chegar em casa, ainda atordoados, cansados, humilhados, e revoltados com a situação são obrigados a ouvir na TV GLOBO, Jornal Nacional, a seguinte frase:  "O COMANDO DA PM DO CEARÁ DECLAROU QUE DESCONHECE QUALQUER EXCESSO POR PARTE DA POLÍCIA".


PS: O rapaz atingido no vídeo estava ao meu lado a maior parte do tempo E ERA UM MANIFESTANTE PACÍFICO estava apenas tocando e PEDINDO PAZ.


E com isso peço que tirem suas próprias conclusões, sem a manipulação da mídia. E que façam VALER no próximo protesto. #VemPraRua!É isso que tenho a dizer. Obrigada. 


Para os meus companheiros, FORÇA! Juntos conseguiremos chegar lá!
Naiana Guimarães Diego Marcus E B Ismael Angelus Vagner Castro Rian Rafaiel Fabricio Freitas Icaro Lourenço Dábylla Gomes Davi e Murilo.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Formato Mínimo - Skank



Começou de súbito
A festa estava mesmo ótima
Ela procurava um príncipe
Ele procurava a próxima

Ele reparou nos óculos
Ela reparou nas vírgulas
Ele ofereceu-lhe um ácido
E ela achou aquilo o máximo

Os lábios se tocaram ásperos
Em beijos de tirar o fôlego
Tímidos, transaram trôpegos
E ávidos, gozaram rápido

Ele procurava álibis
Ela flutuava lépida
Ele sucumbia ao pânico
E ela descansava lívida

O medo redigiu-se ínfimo
E ele percebeu a dádiva
Declarou-se dela, o súdito
Desenhou-se a história trágica

Ele, enfim, dormiu apático
Na noite segredosa e cálida
Ela despertou-se tímida
Feita do desejo, a vítima

Fugiu dali tão rápido
Caminhando passos tétricos
Amor em sua mente épico
Transformado em jogo cínico

Para ele, uma transa típica
O amor em seu formato mínimo
O corpo se expressando clínico
Da triste solidão, a rúbrica


segunda-feira, 20 de maio de 2013

A HORA DO CANSAÇO - Carlos Drummond



As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.

Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.

Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Entre ECOS e OCOS.

Tenho eu medo dos ocos de mim, de quando me esvazia os sentimentos, desses vazios sempre tão cheios do nada.
Do nada que sempre vem do tudo. No fundo me sinto sendo  feita pra sentir , e sentir as coisas na pele, no que queima, arde , fere, mas também cicatriza.
No que acalenta, agracia, acaricia, e também aconchega. Eu só não aguento é essa coisa de me sentir tão eufórica, ser tão sensitiva. O coração pulsando nas pontas dos dedos e os olhos os fazendo chorar.
Esvaziada de sentimentos, sem nenhum  vento  por dentro. Vazio imenso, agudo, estridente, quase um vacuo , onde não se ouve nada , e quando se ver .
Entre os ocos, prefiro os ecos, estes tão  feitos de conflitos, em que muitos doem profundamente, cheios de medo, mas eu não, não evito as perguntas de mim, mesmo que elas venham sem respostas o tempo todo. E me indago, eu quero é me sentir, me entender. Viver cheia  entre os sentimentos e entendimentos de mim, quero ter forças, quero uma razão.
Porque entre os ocos, prefiros os ecos, ao menos neles eu me sinto propagar.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Coletivo de Poeiras



Hoje não é uma segunda-feira, mas o dia começou de segunda. Fui dormir às três horas da manhã com um assunto na cabeça. Pensei no blogger e encontrei trancado. É impressionante como fica um ambiente onde é acomodado de velharias: teia de aranha, poeira, carpete sujo... e outros elementos que são bastantes prejudiciais a saúde de uma pessoa alérgica.

Acendi a luz e estranhei porque aquele lugar embora estivesse trancado parecia ter sofrido mudanças. Verdade. Sobrevivi o Abril, e teve alguns terremotos por aqui, onde algumas portas foram abertas, mas isso não significa que todas foram abertas. Um amigo falou: "tudo que é dito antes do MAS é anulado". Sendo assim, é importante ressaltar que algumas portas ainda estão fechadas. Então, o que fazer com as que estão abertas?  É preciso observar mais, será que alguma faxina resolveria ou tenho que partir para reformas? Ou seria interessante focar nas portas que ainda estão fechadas?

Essas interrogações me faz, novamente, pensar na poeira. Como ela dá um tom feio ao ambiente. Aí penso, quando aquele lugar não tem mais a nossa cara é preciso mudar. Trocar móveis, fotografias, trocar o branco pelo verde, pendurar outros sonhos e outros planos. Voltar a viver nesse lugar requer mais que coragem, requer entusiasmos e consegui isso tão fácil no mês de Abril. E ainda estou no começo de Maio, como tudo ainda não está do jeito que eu quero, vou criar condições certas para acontecer.  
Espera! Aí são cenas dos próximos capítulos. ;)



domingo, 3 de fevereiro de 2013

Já é hora de partida

Tudo parece errado quando você começa a conferir a hora repetitivamente como procurasse o CHEFÃO, mas ele não vem. E essa espera dá a mente uma força maior de percepção, do que poderia ter sido, do que se tornou e o que você irá fazer para se DESFAZER.
Se desfazer se transforma em aceitar. Um suspiro profundo acontece e você pergunta: Eu consigo? 
Chega um numa fase que você já consegue lidar com a distancia, a saudade vira parte da sua rotina, porém as vezes, o principal que é lidar com a situação da presença não procede. E perde o brilho, perde tudo. 
Aí você pensa: separações são inevitáveis. Não dá para aprisionar pessoas que não se sentem FELIZ do seu lado, por puro egoísmo, pois elas trazem um BEM ENORME para você. Nesse momento você vira um fardo da vida de alguém. E peso nunca é confortável de carregar.
Você tenda juntar as peças fazer tudo funcionar, mas na hora de LIGAR o botão, vem as dúvidas: me importar ou não me importar, fingir ou não, chorar ou mascarar.
E vários outros questionamentos do BEM e do MAL:
Do bem, quando você pensa que no inicio pode ser difícil , mas vai ser algo que vai te fazer bem, pois enfrentar a situação é uma forma de resolver de apertar RESERT e começar tudo de novo, com uma experiencia maior e de forma mais eficiente.
Do mal, quando a esperança não morre, e de algum jeito você pensa que poderá ter volta , que ligando certas pontas tudo voltará a ser como antes , como os tempos felizes.
E a falta de decisão faz mal a sua auto-estima, por não tomar uma atitude. Por deixar que a estaca se afunde no seu peito causando uma dor que nunca para.
Uma hora por não ter você por perto. Em outra hora em ter você por perto e sentir a outra pessoas a mais desconhecida possível.

Ah, vou refletir e tomar alguma decisão (...)







terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Saudades Suas!

Hoje minha carência me fez lembrar de ti, senti tua falta! Uma falta imensa do teu abraço, do teu carinho, do teu jeito “estranho” de ser. Relembrei tantas coisas. Depois de nós vivi outras "aventuras", intensas, impulsivas e até diria fortes. Mas nenhuma foi tão honesta e tão sincera quanto a nossa. E nenhuma me enlouqueceu como a tua. Que ainda hoje faz meu coração disparar cada vez que escuto teu nome, ou que alguém sopra algo da tua vida ao meu ouvido!

Hoje voltei a escrever no blogger e tou falando pela milionésima vez a historia de nós dois. Lembrando de momentos, tim-tim por tim-tim. Lembra como foi intenso desde o primeiro dia que nos ficamos? Lembro de tudo!

Lembro também da última vez. E desde aquele dia passam dos dedos os dias que não nos vemos! Sempre tem uma desculpa, minha, ou tua para não nos encontrarmos. E eu fui me convencendo. Você sempre esteve certo, e nunca te dei ouvidos. E esse foi meu erro. Porque um milhão de vezes tu me avisou que eu não deveria me envolver, que não sabias se ia conseguir te envolver comigo... Suplicou pra que eu não te sufocasse.

E hoje como estamos? Você de lá e eu de cá. Você vivendo outras coisas e se distanciando de tudo que nós construímos. Até nisso você estava certo. Você sempre me alertou que ia chegar um momento que ia sumir da minha vida. E me vejo apertando os olhos pra gravar sua imagem pra sempre! Bobagem de "pra sempre" ... Como pode? Te agradeço por ter evitado outra projeção de imagem do dia que eu tentei "pela última vez", mas dá mesma forma me sinto péssima por não ter conseguido o beijo que desejava relembrar depois de tanto tempo.

Lembro dos ”Não vai embora hoje, fica aqui”. Tu me surpreendia a cada momento, seja com uma mensagem no meio da aula, com fotos vibrantes, ou no final de semana que passava o sábado a conversar comigo mas não beijava! Mas de fato tu me enlouqueceste! E de verdade ... seja ciente desse seu efeito sobre mim.

Por menos envolvido que estivesse, tu soube me envolver. Porem teu medo deste relacionamento fez com que o tempo te afastasse de mim, queria cada vez me ver menos, queria cada vez menos a minha companhia, e eu esperei por tanto tempo. Que me sufoquei, enlouqueci enciumei e tudo que era tão bom se transformou em uma loucura que até hoje não sei explicar. Fiquei tão louca que fui eu mesma quem falou...”Não quero mais ficar contigo, estas me fazendo mal e não podemos mais nos ver!” e dias após esse sempre te dei carta branca para opinar na minha vida mesmo sem está presente. Ah, são tantas coisas desalinhadas, TANTA SAUDADES.


Fostes um escândalo na minha vida! Acho que nunca vou ter outro igual! E sempre me vem a cabeça a frase que te falei na ultima vez que ficamos, se tivermos uma próxima vida num deixarei você escapar de mim tão fácil assim. Saudades suas!  ♥