segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Caleidoscópio

Contagem de tempo pra quê? Se a soma dos meses atrás sempre dará: DEZEMBROS. Com seus valores e preços permitidos, com final feliz ou infeliz em torres de babel. Sendo fiéis as nossas próprias vontades.
Dezembros de todo gêneros: cômico, dramático, erótico, romance, trash, terror.
Dezembros cheios de conquistas, daquilo que sempre quis fazer e que conseguiu.
Dezembros de surpresas boas, fatalidade e de futilidade.
Bobagens lembradas no dezembro.
Retrospecção-regredida prospera-progredida.
Dezembros de esperanças de união e separação.
Dezembros de quem perdeu copa, eleição, coração.
Dezembros de MPB, heavy metal, rap, reggae e rock in roll.
Dezembros que se passam e projeções criadas pateticamente perfeitas.
Dezembro é o único mês do calendário que tem um fim e um começo traçado.


           
Contratempos assim como degraus devem ser subidos, e é nesse atalho que desejo FELIZ ANO NOVO!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Clariceando

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

H i a t o

Dizem as más línguas que eu estava num lugar, mesmo assim permaneceram do outro lado da rua durante alguns batidas de sino.
As referências pareciam não deixar dúvidas de que era ali: uma rua sem saída, cujo nome tinha que ser repensado várias vezes se era ali que eu queria estar. Onde os habitantes andavam com suas máscaras transversais que de vez equandro trocavam de lugares com suas caras. Pareciam se comunicar em outra língua com sotaques acelerados que não me deixavam entender.
E finalmente viram me chegar, agora já estava claro, diferente, mas ainda havia dúvida daqueles que do outro lado observavam joguinhos que invés de favorecer, escondia ainda mais a visão do rosto.
Era preciso que esperassem o ultimo ato, entreolharam-se por um instante e, com um aceno da mão direita e um sorrisinho vazio virei às costas e foram embora.