sábado, 27 de novembro de 2010

Começo de conversa

Começa no silêncio, a pupila procura uma direção e uma pulsação rítmica dilacerada com as mesmas melodias. Expor ideias, já custou muitas vidas, porém crime de opinião ainda existe atualmente. A intolerância ainda assombra nossas vidas, desde um passado não muito longínquo, o preconceito ainda acende algumas fogueiras e lhe jogam algumas pedras.
O receio das consequências de palavras mal colocadas, do que vai se dizer, de não ser ouvido, de não ser compreendido, do outro não se interessar, de mudar de assunto ou falar que aquilo é uma bobagem quando para você é coisa séria.
Já viram como é comum desconsiderar a palavra de uma criança, de um idoso, de um subalterno? Como muitos não se dão ao trabalho nem de prestar atenção no que elas dizem? São pessoas que vão ficando invisíveis. O mundo está cheio de seres invisíveis e não são fantasmas, nem anjos, nem extraterrestres, são humanos mesmo.
Entretanto, posso dizer, que às vezes nem sabemos como começar uma conversa e nos sentiremos invisíveis à vida inteira se deixar o medo tomar de conta e não conhecer novos ângulos, visões diferentes, que saem da mesmice, sacodir a poeira e deixar rolar uma conversa comum, pode valer a pena.

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