quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

H i a t o

Dizem as más línguas que eu estava num lugar, mesmo assim permaneceram do outro lado da rua durante alguns batidas de sino.
As referências pareciam não deixar dúvidas de que era ali: uma rua sem saída, cujo nome tinha que ser repensado várias vezes se era ali que eu queria estar. Onde os habitantes andavam com suas máscaras transversais que de vez equandro trocavam de lugares com suas caras. Pareciam se comunicar em outra língua com sotaques acelerados que não me deixavam entender.
E finalmente viram me chegar, agora já estava claro, diferente, mas ainda havia dúvida daqueles que do outro lado observavam joguinhos que invés de favorecer, escondia ainda mais a visão do rosto.
Era preciso que esperassem o ultimo ato, entreolharam-se por um instante e, com um aceno da mão direita e um sorrisinho vazio virei às costas e foram embora.

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