terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Retrovisor

Minhas ideias sobre o que escrever sempre vinha pelas noites tangidas pela insônia. Onde eu caminhava, silenciosamente, pelo apartamento em passos leves notoriamente para não reset ar a alegria dos que estavam em bom sono. Remexendo nas memórias, cutucando o passado, sem parecer algo especial. Uma lembrança qualquer como aquela viagem de despedida de Limoeiro do Norte. Eu ainda não era fã de Fagner até escutar Retrovisor. E essa música lembra bastante o dia que eu saí de Limoeiro pra vir estudar em Fortaleza. Sobretudo, também marcou o fato de está sozinha ali com meu pai, já que por mais parecidos que sejamos nunca paramos para conversar sobre nós. E por mais birrinhas que inventamos, morremos de amores um pelo outro. O que não deixa de ser notável. Pelas imagens que vão sendo deixadas pelos caminhos. E se enxerga nos (retro)visores comovida com o carinho que li para minha chegada ao bom lar, do (re)lacionamento. E hoje de tarde, sobre efeito da droga noturna, me fez lembrar-se de tudo isso. Que por mais perigo que eu esteja correndo, sei que tenho ele a (re)correr. Sinto-me segura, pois ele é meu alicerce, é meu patriarca, é o homem que mais amo, é minha (re)ferência.


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